(Em actualização) Os funcionários da central nuclear de Fukushima, nordeste do Japão, receberam ordem para abandonar as instalações depois de ter começado a sair fumo do reactor número três.
A informação foi avançada, esta segunda-feira de manhã, pela empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que explora a central nuclear de Fukushima, segundo a agência AFP.
O cenário de um acidente nuclear continua a mobilizar as atenções das autoridades nipónicas e internacionais, na sequência do forte sismo seguido de tsunami que atingiu o Japão no passado dia 11.
O último balanço aponta pelo menos oito mil mortos e 12 mil desaparecidos, num total de 20 mil vítimas.
Segundo o Banco Mundial, os dois fenómenos naturais poderão custar à economia japonesa 235 mil milhões de dólares (165 mil milhões de euros), ou seja, 4% da produção nacional.
"Se nos basearmos na experiência do passado, o crescimento real do PIB será afectada negativamente em meados de 2011", referiu o Banco Mundial no seu último relatório sobre a economia do leste da Ásia e do Pacífico, citado pela AFP. "Os esforços de reconstrução poderão durar cinco anos", acrescenta.
J.N.
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Director da AIEA acredita que Japão “vai ultrapassar crise nuclear”
(13:07) Ukiya Amano, da Agência Internacional de Energia Atómica, reconhece que acidente em Fukushima vai obrigar a rever as normas de segurança nuclear mundial.
O director da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) reafirmou hoje que a situação na central nuclear de Fukushima continua muito grave, contudo, acredita que o Japão vai conseguir resolver a situação rapidamente.
Yukiya Amano reconheceu que este acidente vai obrigar a rever as normas de segurança nuclear mundial e, também, o actual esquema de resposta internacional em caso de emergência.
Apesar de ter anunciado, esta manhã, a proibição de venda de leite e espinafres produzidos nas imediações de Fukushima, o Governo de Tóquio já veio assegurar que os alimentos provenientes de outras zonas não têm problemas.
Entretanto, o fumo parou de sair do reactor três da central. As autoridades continuam sem saber quais foram as causas da ocorrência, que levou à evacuação de todos os funcionários do local.
O processo de refrigeração foi assim suspenso, por hoje. As forças de segurança japonesas deverão, amanhã, voltar a lançar água do mar sobre os reactores.
Renascença
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