segunda-feira, 21 de março de 2011

Central de Fukushima evacuada após sair fumo do reactor três

21 de Março de 2011 - 08h35m

foto Toru Hanai/REUTER

Centro de Tóquio deserto perante os receios de um desastre nuclear

(Em actualização) Os funcionários da central nuclear de Fukushima, nordeste do Japão, receberam ordem para abandonar as instalações depois de ter começado a sair fumo do reactor número três.

A informação foi avançada, esta segunda-feira de manhã, pela empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que explora a central nuclear de Fukushima, segundo a agência AFP.

O cenário de um acidente nuclear continua a mobilizar as atenções das autoridades nipónicas e internacionais, na sequência do forte sismo seguido de tsunami que atingiu o Japão no passado dia 11.

O último balanço aponta pelo menos oito mil mortos e 12 mil desaparecidos, num total de 20 mil vítimas.

Segundo o Banco Mundial, os dois fenómenos naturais poderão custar à economia japonesa 235 mil milhões de dólares (165 mil milhões de euros), ou seja, 4% da produção nacional.

"Se nos basearmos na experiência do passado, o crescimento real do PIB será afectada negativamente em meados de 2011", referiu o Banco Mundial no seu último relatório sobre a economia do leste da Ásia e do Pacífico, citado pela AFP. "Os esforços de reconstrução poderão durar cinco anos", acrescenta.

J.N.

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Director da AIEA acredita que Japão “vai ultrapassar crise nuclear”



(13:07) Ukiya Amano, da Agência Internacional de Energia Atómica, reconhece que acidente em Fukushima vai obrigar a rever as normas de segurança nuclear mundial.

O director da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) reafirmou hoje que a situação na central nuclear de Fukushima continua muito grave, contudo, acredita que o Japão vai conseguir resolver a situação rapidamente.

Yukiya Amano reconheceu que este acidente vai obrigar a rever as normas de segurança nuclear mundial e, também, o actual esquema de resposta internacional em caso de emergência.

Apesar de ter anunciado, esta manhã, a proibição de venda de leite e espinafres produzidos nas imediações de Fukushima, o Governo de Tóquio já veio assegurar que os alimentos provenientes de outras zonas não têm problemas.

Entretanto, o fumo parou de sair do reactor três da central. As autoridades continuam sem saber quais foram as causas da ocorrência, que levou à evacuação de todos os funcionários do local.

O processo de refrigeração foi assim suspenso, por hoje. As forças de segurança japonesas deverão, amanhã, voltar a lançar água do mar sobre os reactores.

Renascença

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