Oportunamente serão expostas na Junta de Freguesia de Ota, duas maquetes de intenções, relativamente às áreas do Rio de Ota, Parque de Merendas e zona da antiga casa do guarda, cujas imagens constam abaixo.
As referidas maquetes são da autoria do conterrâneo CARLOS PEREIRA, que para além da permissão da reportagem fotográfica, gentilmente cedeu em texto, o seu parecer e esclarecimento sobre o trabalho:
Tomando como base alguns exemplos de jardins, campos selvagens da atualidade e outros que já não existem, por degradação ou extinção, construí alguns conceitos para elaborar um espaço natural, rico em natureza, e que paralelamente permitisse respirar o ar de um templo, local de culto, quase de meditação, um refúgio agradável com uma calmaria profunda, convidativa a uma sessão de ioga ao ar livre.
A serra e o rio...
Na minha opinião, será um privilégio
existir um dia a possibilidade de se executar na realidade este projecto.
Um projecto desta
envergadura realizado individualmente, torna-se mais forte, quando transmitido
a outros, formando entre eles uma cumplicidade mútua.
É um projecto grande,
arrojado até, mas que seria certamente, para a Ota o princípio de um pólo de
desenvolvimento que o tempo e a evolução farão aparecer.
A SERRA
Trata-se de um espaço
envolvente para lazer, onde não falte condições para que todos os utentes se
sintam confortavelmente num ambiente natural. O espaço Serra foi pensado para ser
um lugar sustentável.
Para além do parque de
merendas, já criado, outras áreas podem nascer, como por exemplo: um parque de
campismo; casas típicas de madeira (bungalows); zonas de desportos radicais; zonas
de trilhos para caminhadas; zonas para a prática do B.T.T.; local para bar; e por
último, condições para a prática de paintball.
Tudo isto está ligado a um
posto de turismo a criar no interior da antiga casa do guarda que
poderá abarcar múltiplas funções, tais como: observatório astronómico, salas
para cursos profissionais, lugar para exposições de desenho, pintura,
artesanato e trabalhos da universidade sénior.
Assim teremos a serra e o
rio interligados com uma possível praia fluvial, trilhos ligados ao buraco
da Oca, às escarpas de nidificação e ao Canhão Cársico.
Temos tempo…falta-nos talvez
a vontade?!
O RIO
O Rio deve fazer parte do cartão de visita da OTA
É por excelência uma fonte
de vida, por ele passaram águas que moveram azenhas, que fizeram farinha e que
deu o pão.
Nesta maquete procurei a
intervenção possível juntando a harmonia de um espaço verde (jardim), num rio
reabilitado, com espelhos de água constantes, onde o murmúrio da mesma nos
convide a um passeio ao fim da tarde.
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DESCRIÇÃO SOBRE AS
MAQUETES
Tomando como base alguns exemplos de jardins, campos selvagens da atualidade e outros que já não existem, por degradação ou extinção, construí alguns conceitos para elaborar um espaço natural, rico em natureza, e que paralelamente permitisse respirar o ar de um templo, local de culto, quase de meditação, um refúgio agradável com uma calmaria profunda, convidativa a uma sessão de ioga ao ar livre.
Tendo em conta
este conceito global de um jardim “zen” elaborei uma extensa lista de estruturas
materiais, elementos naturais e possíveis
actividades que se possam desenvolver no jardim.
Tratando o terreno
por zonas, temos então, a zona do parque de merendas; a zona edificada que
contém o café/biblioteca e o parque infantil; a zona das clareiras e espaços
abertos; a zona da florestação densa com pequenos caminhos pedestres de pedra
tosca que a atravessa; a zona do miradouro com a maior cota; a zona das
plataformas, e o por último, a zona do jardim japonês.
A zona do parque de merendas tem acesso
directo ao café, fica perto da entrada e contém uma pequena estrutura de apoio com
casas de banho.
A zona do café/biblioteca tem como
objectivo, servir todos os utentes do parque com a possibilidade de requisitar
ou alugar livros para que, em qualquer momento, ou no decorrer de eventual passeio
pelo jardim possam desfrutar simultaneamente da visualização da natureza vegetal
diversificada, acompanhada de uma boa leitura.
Na maior clareira
encontra-se um relógio de sol, rasgado por uma fileira de colunas que têm como
objectivo indicar o norte.
Na zona do jardim japonês verifica-se a existência
de maior densidade e diversidade de árvores e plantas, pequenos lagos de
diversas formas com algumas pontes contendo rochas em seu redor. Com estas
características este jardim tornar-se-á um lugar bastante agradável, pelo que, colocou-se
perto da malha de caminhos pedestres de pedra tosca, bancos corridos, de
madeira.
Explorando melhor
os elementos naturais presentes neste espaço verde destaca-se de imediato os
diferentes tipos de árvores, tais como: castanheiros, pinheiros mansos,
sobreiros, choupos, oliveiras, cerejeiras, cedros, carvalhos, figueiras,
chorões, nogueiras, salgueiros, camélias, azinheiras, pereiras, laranjeiras, entre outras que bem identificam a flora do nosso Pais.
A água surge como um elemento característico
dos jardins e neste caso é apresentada das mais diversas formas, como pequenos
lagos no jardim japonês, uma queda de água a sul do café e um espelho de água
com ligação ao maior lago do jardim.
Carlos Pereira
REPORTAGEM FOTOGRÁFICA
Zona abrangendo a antiga casa do guarda da Serra,
Parque de Merendas e algum espaço lateral
Parque de Merendas e algum espaço lateral
A mesma maquete, vista de cima
Antiga casa do guarda da Serra e área envolvente
Casa do guarda da Serra e Parque de Merendas
Acesso a Ota (sul), com vista do Rio, até aos Olhos d'Água
Zona dos Olhos d'Água
Trabalhos complementares
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