(06:36) Osaka, Japão, 19 Mar (Lusa) - Os tetos dos edifícios dos reatores 5 e 6 da central nuclear acidentada de Fukushima foram furados para evitar explosões de hidrogénio, anunciou hoje o operador Tokyo Electric Power (Tepco).
"Devido ao receio de uma acumulação de hidrogénio ao nível dos reatores 5 e 6, a Tepco fez três buracos de 3 a 7,5 centímetros nos tetos" dos seus edifícios exteriores, declarou um porta-voz da empresa.
Os reatores 5 e 6 são menos danificados da central porque, contrariamente aos reatores 1 a 4, os seus sistemas de arrefecimento continuaram a funcionar após o sismo e tsunami de 11 de Março, graças a um gerador a diesel.
Lusa
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Sismo de 6,1 graus abala província de Ibaraki, nordeste do Japão
SIC – 10:51
Um sismo de 6,1 graus na escala aberta de Richeter foi registado hoje na província de Ibaraki, no nordeste do Japão, tendo sido sentido também em Tóquio, mas sem causar danos.
O tremor de terra deu-se às 18:56 locais (09:56 em Lisboa), com epicentro no norte de Ibaraki e a uma profundidade de 20 quilómetros, informou a Agência Meteorológica do Japão.
O organismo informou que o sismo pode provocar algumas "alterações menores" no nível do mar, mas que não se espera um tsunami.
As autoridades de Ibaraki assinalaram que não têm informação de danos em nenhuma das centrais nucleares da província, uma delas afetada pelo sismo seguido de tsunami no dia 11 de março.
Japão detecta excesso de radiação em leite e espinafre
Agricultor observa plantação não contaminada de alho-poró em Yamamoto
(Foto: Kyodo News / AP Photo)
Água de Tóquio também foi contaminada, mas em nível não nocivo à saúde.
Amostras de leite e espinafre das cidades de Fukushima - palco do acidente nuclear na usina de Daiichi por conta do terramoto de magnitude 9 - e Ibaraki, no Japão, apresentaram excesso de radiação, afirmaram autoridades japonesas neste sábado (19). O governo também afirmou que as águas correntes de Tóquiio e de cinco províncias do país também apresentam pequenas amostras de iodo radioativo e césio, porém sem risco à saúde humana.
O porta-voz do governo Yukio Edano afirmou que a radiação estava acima dos padrões regulamentados no país. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), o Ministério da Saúde do Japão ordenou a suspensão de todas as vendas de produtos alimentícios vindos de Fukushima.
A AEIA também confirmou a contaminação por iodo radioativo. Segundo a agência da ONU, amostras de comida nos arredores de Fukushima - local da usina nuclear de Daichii, cuja instalações foram afetadas pelo terramoto de magnitude 9 no Pacífico - foram analisadas entre 16 e 18 de março.
Apesar da meia-vida do elemento presente nos alimentos ser de apenas 8 dias, as autoridades japonesas afirmam que há risco aos consumidores no curto prazo.
Quando ingerido, o iodo radioativo pode ser acumulado e causar danos à glândula tireoide. Para combater esse efeito, o governo japonês recomendou a distribuição de cápsulas de iodo estável (não radioativo) aos refugiados da área de 20 quilómetros ao redor de Fukushima, para evitar que o material radioativo seja absorvido.
Edano disse que o governo foi informado na sexta-feira (18) que altos níveis de radiação foram detectados em leites de vacas em uma fazenda na cidade de Fukushima, segundo informou a rede de televisão "NHK". O porta-voz ainda divulgou que o governo recebeu a informação de que seis amostras de espinafre testadas em um instituto de pesquisa na cidade de Ibaraki continham níveis mais altos de radiação do que o padrão oficial.
Segundo a "NHK", o ministro da Saúde do Japão pediu que Ibaraki identifique onde essas amostras de espinafre foram retiradas e qual é sua rota de distribuição.
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