quarta-feira, 31 de outubro de 2012

AO-Ota – Peregrinação - 28.10.12

O Centro de Apostolado de Oração de Ota, perfez 133 anos de existência, tendo comemorado a efeméride com uma peregrinação efectuada no dia 28 de outubro de 2012, ao Santuário de Fátima, seguida de passagem pela Igreja do Santíssimo Milagre, em Santarém (a).
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AO - Peregrinao - 28.10.12
IMAGENS EM VÍDEO


(a) Historial:
O milagre eucarístico de Santarém

Corria o ano de 1247, segundo uns cronistas, ou o de 1266, segundo outros.
Em Santarém, hoje cidade e então vila de Portugal, vivia uma pobre mulher a quem o marido muito ofendia, por andar desencaminhado com outra.
Cansada de sofrer, foi pedir a uma bruxa judia que, com os seus feitiços, desse fim à sua triste sorte.
Prometeu-lhe esta, remédio eficaz, para o que necessitava de uma Hóstia Consagrada. Depois de naturais hesitações, a mulher consentiu no sacrilégio.
Foi à Igreja de Santo Estêvão, confessou-se e pediu comunhão. Recebida a sagrada partícula, com cautela tirou-a da boca, embrulhando-a no véu. Saiu logo da igreja e encaminhou-se para a casa da feiticeira.
Sem que ela notasse, do véu começou a escorrer Sangue. Visto o fenómeno por várias pessoas, perguntaram que ferimentos tinha, que tanto sangue fazia jorrar.
Confusa em extremo, a mulher correu logo para casa e encerrou a Hóstia miraculosa numa de suas arcas.
À tarde voltou o marido. Alta noite, acordam os dois e vêem a casa toda resplandecente. Da arca saíam misteriosos raios de luz.
Inteirado o homem do ato pecaminoso da mulher, passaram de joelhos o resto da noite, em adoração. Mal rompeu o dia, foi o pároco informado do prodígio sobrenatural.
Espalhada a notícia, meia Santarém acorreu pressurosa a contemplar o milagre.
A Sagrada Partícula foi então levada processionalmente para a Igreja de Santo Estêvão, onde ficou conservada dentro duma custódia feita de cera.
Passado algum tempo, ao abrir-se o sacrário para expô-la à adoração dos fiéis, como era costume, encontrou-se a cera feita em pedaços.
Com espanto se viu estar a Sagrada Partícula encerrada numa âmbula de cristal, miraculosamente aparecida.
Esta pequena âmbula foi colocada numa custódia de prata dourada, onde ainda hoje se encontra. Santo Estêvão é hoje a Igreja do Santíssimo Milagre.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Homilia do Bispo das Forças Armadas, na Missa do dia do Exército

28 de outubro de 2012

O bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, realçou a necessidade do empenho de todos na reconquista da independência económica e financeira do país, mas não à custa dos mais necessitados. O apelo foi feito na homilia deste domingo, durante a missa do Dia do Exército, realizada nas Caldas da Rainha.
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco que era esperado, não esteve presente na missa.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Empresário coloca o dedo na ferida

15 de Outubro de 2012

No programa “Prós e Contras” do dia 15 de Outubro de 2012, o empresário Mauro Sampaio, luso-brasileiro e proprietário de uma micro-empresa em Portugal há bastantes anos, colocou o dedo na ferida ao falar de assuntos que poucos têm coragem de manifestar, principalmente na televisão…


terça-feira, 16 de outubro de 2012

D. Januário tece duras críticas a Passos Coelho

Informação tardia, mas perfeitamente atualizada:

 9 de Setembro de 2012

O bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, criticou ferozmente as medidas anunciadas pelo Governo e a mensagem de Pedro Passos Coelho, deixada na rede social Facebook. D. Januário diz que as declarações do primeiro-ministro são "uma vilania" e revelam "insensatez".

Texto integral das palavras de D. Januário, constantes no vídeo:

«... ouvi o 1.º ministro dizer: 
"Continuo com coragem e vou em frente", mas a estrada fica juncada de cadáveres.
Isto é uma vilania!
Isto é uma insensibilidade, isto é uma insensatez, portanto eu leio tudo isto como um desabafo e ao mesmo tempo, cheio de medo, toma atitudes de alguém intemerato, mas está pleno de dúvidas e de angústias. O medo é mau conselheiro.
Qual equidade?
Onde é que há equidade?
Isto é uma mentira e eu se falo em nome da Igreja Católica Apostólica Romana, ninguém me pode proibir.
Eu sinto-me perfeitamente solidário com gente que está a ser retalhada aos pedacinhos.
Portugal, em outros aspectos, está perdido. Exageradamente injusto, insensível, frio e talvez acredite no fatalismo da própria derrota.
Não há nada a fazer?
Porque é que os partidos não falam?»

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Publicado há 142 anos!?...


 
O governo português anda mendigando em Londres um novo empréstimo.
Os nossos charlatães financeiros não sabem senão estes dois métodos de governo:
- Empréstimos e impostos.
Por outro lado, o governo mandou para as cortes uma carregação de propostas tendentes todas a aumentar de tributos; por outro lado, o governo vai negociar um empréstimo no estrangeiro.
É dinheiro emprestado e dinheiro espoliado.
Pede-se primeiro aos agiotas para pagar às camarilhas; depois tira-se ao povo para pagar aos agiotas!
E ao passo que se trata de um empréstimo em Londres, negoceia-se outro empréstimo com bancos nacionais.
Este tem carácter de dívida flutuante (1) interna e é para pagamento de dívida consolidada (2) externa!
Este empréstimo que nos está às costas para pagamento no fim de três meses sai á razão de 13/2 %!
E no fim não é dinheiro aplicado a nenhum melhoramento público; é só dinheiro para pagar juros da dívida!
É a dívida a endividar-nos cada vez mais! É a dívida a crescer para pagar as sinecuras do estado! É a dívida a multiplicar-se para não faltarem à corte banquetes, festas, caçadas, folias!
Esta situação é terrível e tanto mais que ela exige para se não agravar, de sacrifícios com que o país não pode e que de mais não deve fazer, quando eles são apenas destinados às extravagâncias da corte e ao devorismo do poder, no qual se inscreve agora o novo subsídio aos pais da pátria!

Em A Lanterna, 17 de Dezembro de 1870. em Maria Luíza Guerra, ob. cit.

(1) Dívida pública a curto prazo.
(2) Dívida pública sem prazo de reembolso

sábado, 13 de outubro de 2012

O dia em que um jornalista desmascarou a estratégia da pobreza

António Borges entrevistado pelo jornalista britânico Stephen Sackur em 2010, programa "Hardtalk" da BBC

 
 Autor: Miguel Moreira 

Sexta-feira, 12 Outubro 2012 10:17

Já ouviu falar de “hedge funds”? São fundos de investimento fechados, por lei, a um grupo restrito de grandes capitalistas, que retiram dividendos do ataque de especuladores. Objetivo: destruir as economias, para conseguir lucro. Estes investidores têm acesso a informação que nem os mercados conhecem. Eis o centro das crises.

Os “hedge funds" são fundos de investimento que permitem a um grupo restrito de investidores investir o que têm e o que não têm. Literalmente. Os riscos podem ser elevados, perante más decisões, mas os ganhos podem atingir mil por cento. O problema é que uma má decisão afeta não só os investidores, como as economias dos países.
Só os investidores com elevado potencial financeiro têm acesso aos 'hedge funds', que são caracterizados pelo sigilo das operações e por uma regulação financeira inexistente.
Os ‘hedge funds’ – que atuam nos mercados de câmbios, ações, obrigações, matérias-primas, entre outros, e tentam explorar quedas de mercados e ineficiências de empresas – baseiam-se nas variações desses mesmos mercados e o seu objetivo é, naturalmente, permitir altos rendimentos aos investidores. A estratégia destes fundos é a especulação financeira, o que se repercute nas economias.
Mas os ‘hedge funds’ vivem do risco. E foi o efeito desse risco que os tornou mais conhecidos, quando, em 1998, na Rússia, estoirou a bolha das operações do fanoso Long Term Capital Management que registou um rombo de milhões e pôs em causa todo o sistema bancário.
António Borges, atual consultor do Governo para as privatizações – que ganhou mais mediatismo quando apelidou de “ignorantes” os empresários portugueses que se manifestaram contra a Taxa Social Única –, é chamado a esta história porque foi líder do Hedge Funds Standards Board, o lóbi que representa estes fundos.
Em 2010, concedeu uma entrevista à BBC, ao programa Hardtalk, onde foi cilindrado por um jornalista bem informado que acusou Borges de ser parte de uma esquema que vive da especulação, retirando benefícios das vulnerabilidades das economias, moedas e ações de empresas.
O jornalista, Stephen Sackur, colocou em causa a falta de regulação dos ‘hedge funds’ e fez a questão: “Será que estes fundos querem o bem da sociedade?”. Onde estará a raiz das crises económicas que se alastram? Por que razão os Governos permitem que estes investimentos secretos e sem regulação se mantenham com estas características?
Talvez se comece a perceber a origem da crise, culpa da incapacidade dos Governos e das estratégias ferozes de especuladores que exploram as fraquezas das economias. Borges é colocado perante incongruências de discurso e ‘apanhado’ na teia das suas próprias palavras.
Os investidores nos ‘hedge funds’, assume Borges, têm “toda a informação de que precisam”, informação que nem o mercado conhece… Mas Stephen Sackur lembra que más decisões de investidores podem arrastar uma economia para uma crise irreparável…
Veja a entrevista a António Borges, que não perde atualidade, apesar de ter sido feita em 2010.